A Comissão Europeia publicou, dia 12 de julho, o seu relatório de 2022 sobre a evolução do emprego e a situação social na Europa (ESDE). O relatório anual ESDE, que é o documento de análise emblemático da Comissão sobre o emprego e os assuntos sociais, fornece análises económicas atualizadas, bem como propostas políticas conexas.
O relatório de 2022 revela que os jovens estão entre os mais afetados pela perda de postos de trabalho durante a crise económica provocada pela pandemia e que a recuperação foi mais lenta do que para outros grupos etários. Considera que as explicações possíveis estão relacionadas com a elevada percentagem de contratos a termo certo e com as dificuldades em encontrar um primeiro emprego quando terminam a escola, a universidade ou cursos de formação.
Baseando-se nos dados anuais mais recentes, o relatório conclui que:
- A recuperação da pandemia de COVID-19 não foi uniforme. Os jovens (com menos de 30 anos) continuam a enfrentar desafios significativos para encontrar emprego ou para encontrar empregos que correspondam às suas competências e experiência;
- Em média, há uma maior probabilidade de os jovens terem de enfrentar uma situação social e financeira difícil. Embora existam diferenças acentuadas entre os países da UE, os agregados familiares compostos por jovens são mais pobres;
- Os desafios que os jovens enfrentam dependem do seu nível de escolaridade e da sua origem socioeconómica;
- O género é outro fator de desigualdade entre os jovens. Quando iniciam a sua carreira, as jovens europeias ganham, em média, menos 7,2 % do que os seus colegas do sexo masculino, um fosso que aumenta com a idade.
O novo relatório ESDE, pretende identificar e apoiar as políticas sociais e de emprego necessárias para ultrapassar as dificuldades que os jovens enfrentam para se tornarem economicamente independentes, face ao agravamento da situação socioeconómica devido à invasão da Ucrânia pela Rússia.
Neste contexto, o relatório ESDE fornece uma análise sobre a forma de resolver os problemas dos jovens. Conclui que as políticas sociais e de emprego deveriam:
- Fomentar a integração de jovens no mercado de trabalho;
- Permitir que os jovens adquiram competências;
- Apoiar a mobilidade dos trabalhadores, um elemento essencial para uma carreira bem-sucedida e resiliente;
- Reduzir os riscos com que os jovens se deparam (desemprego, doença, pobreza, dívida);
- Ajudar os jovens a construir a sua própria riqueza e a adquirir propriedade.
Mais informação
Relatório anual da Comissão Europeia - Evolução do emprego e a situação social na Europa 2022 - Young Europeans: Employment and Social Challenges Ahead disponível aqui .
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